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“Esse crescimento vai ser acelerado ainda nos próximos dois anos e, depois, vai buscando a maturidade”, disse Leme.
“Dado o tamanho, até há pouco tempo a gente dizia que esse mercado praticamente não existia… agora o ambiente é completamente diferente”, completou ele, citando a queda dos juros, a estabilidade da economia e medidas de desoneração do setor como motores para a expansão nos próximos anos.
Em 2007, o Unibanco espera conceder 2 bilhões de reais em financiamento imobiliário, após ter fornecido 1,4 bilhão de reais em créditos desse tipo no ano passado. A líder do setor no Brasil, a Caixa Econômica Federal, prevê conceder 6 bilhões de reais até o fim deste ano para moradias a partir de 70 mil reais, faixa de preço na qual operam os bancos privados.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) prevê que o setor receberá cerca de 15 bilhões de reais apenas neste ano.
Para Leme, as perspectivas do crédito são influenciadas pelo ainda grande déficit habitacional brasileiro, de cerca de 8 milhões de unidades -sem contar moradias extremamente precárias, como favelas- e pela evolução das leis que regem as garantias para abertura de linhas de crédito.
Ele espera ainda que o mercado de crédito imobiliário cresça, em média, 50 por cento ao ano até 2010, quando a taxa básica de juros pode já estar com apenas um dígito, em vez dos 11,25 por cento atuais.
As taxas de juros influenciam diretamente os financiamentos de habitação, em especial na duração dos contratos para compra de moradia, hoje variando entre 20 e 25 anos nos compromissos mais alongados oferecidos pelos bancos.[/justify]
Fonte: O Globo Online
Por Maurício Savarese
