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  • ceara
    Mestre
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      Vai vender um imóvel? Quando chega a hora de vender a casa ou o apartamento, a primeira coisa que o proprietário pensa é: qual imobiliária contratar para fazer o serviço, ou, por muitas vezes, quantas. Alguns proprietários enxergam um ganho de produtividade entregar o imóvel para vários agentes no mercado.

      Contudo, especialistas do setor afirmam que atirar para todos os lados pode não ser uma boa saída: em vez de ganhar agilidade no negócio, a pessoa pode perder o empenho do vendedor ou até ter problemas com sua própria segurança.

      De acordo com o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, e com o diretor de Terceiros do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), quando há mais de um corretor responsável pelo negócio, a dedicação costuma ser menor.

      “Gera uma certa desconfiança, do profissional se dedicar muito a uma comercialização e acabar perdendo para outro”, explicou Viana. “O empenho em gastar dinheiro para divulgação é menor, porque outra imobiliária pode vender no lugar”, adicionou Martins. Em tempos de desregulamentação de mercado este “outro” pode nem ser uma imobiliária ou corretor, mas apenas um oportunista, provavelmente despreparado para a função, que aproveita a oportunidade para ganhar um “dinheirinho”, deixando o profissional (que vive disso e investiu para a concretização do negócio) à ver navios.

      Redes de exclusividade

      Em sentido contrário, havendo exclusividade, o interesse é maior. “Muitas vezes um corretor se associa a uma rede de corretores para vender aquele imóvel, mas é o único responsável pela comercialização”, explicou Viana. O diretor do Secovi-SP, por sua vez, detalhou que o sindicato possui uma rede com quase 30 imobiliárias credenciadas, exatamente nesse formato.

      “É mais tranqüilo para quem vende porque é apenas um intermediário responsável em fazer contato. Não há tanta movimentação de pessoas no imóvel”, contou. Dessa forma, as empresas associadas “dividem” o papel nas vendas, e só há visita de outro corretor ao imóvel (normalmente acompanhado pelo profissional contratado) quando for mostrado o efetivo interesse do comprador conhecer a edificação. “O lucro do negócio é dividido igualmente entre quem captou e quem vendeu”, explicou Martins.

      Quando um imóvel tem a exclusividade de serviço de uma imobiliária que trabalhe em rede de negócios, sua venda é realizada 70% mais rápido, de acordo com constatação da Lello Imóveis.

      Desta maneira, os proprietários que desejam vender suas casas e apartamentos com mais rapidez podem deixar de “atirar para todos os lados” e aderir à intermediação do negócio por meio de apenas uma administradora imobiliária que trabalhe o imóvel em rede.

      Conforme o Creci-SP, o ganho por venda varia de 5% a 8% do valor do imóvel.

      Segurança

      Na avaliação de Viana, outro ponto importante é a questão do controle de quem visita a casa ou apartamento com intenção de compra.

      “Muitas pessoas vão olhar o imóvel, e quanto maior o número de corretores, mais difícil fica guardar a fisionomia dos visitantes”, afirmou, lembrando que muitas vezes compradores em potencial podem ter a intenção de avaliar a situação da casa para cometer atos criminosos, como roubos.

      Outra situação que pode gerar riscos é a do proprietário que fixa uma placa, por conta própria, no seu imóvel. Não há nenhum controle sobre quem estará batendo à porta. Uma pessoa má intencionada pode passar na porta do imóvel e decidir ali entrar na propriedade. Arriscando-se dessa maneira, o proprietário poderá se ver às voltas com um assaltante em sua sala de estar, situação bem menos comum quando os pretensos compradores são previamente avaliados por um profissional de confiança.

      JRuiz Admin
      Mestre
        Número de postagens: 1737

        Com relação ao item segurança de seu artigo. Pergunto:

        O corretor também não corre o risco de ser surpreendido por um, digamos, assalto?

        O cliente mal intencionado, pode ligar pelo anúncio(digo aos que trabalham de forma aotônoma), pedir para ver o imóvel e chegando lá fazer o assalto!

        Quem trabalha de forma vinculada a uma imobiliária acredito que tenha mais “segurança”.

        Perdoem-me se fiz alguma colocação infeliz, mas como tenho pouco tempo como corretora e trabalho de forma autônoma, preciso aprender tomar alguns cuidados.

        Obrigado a todos.

        JRuiz Admin
        Mestre
          Número de postagens: 1737

          Se um assaltante planejar uma ação como a mencionada por você, tanto faz se o profissional estiver em uma imobiliária ou se for um autônomo. Uma imobiliária não traz nenhuma segurança adicional nesse sentido. Embora possam ocorrer assaltos dessa maneira, isso não é comum. Por outro lado, o contato feito através de um profissional (esteja ele em imobiliária ou não) elimina a oportunidade que o ladrão percebe ao passar em frente ao imóvel (“a oportunidade faz o ladrão”, lembra?). A maioria dos assaltos não passa por um planejamento ao ponto do meliante escolher anúncios em jornal, ligar para o corretor, marcar um encontro (deixar telefone de contato), ir até o imóvel e lá realizar o assalto. O sujeito passa pela porta e conforme a suntuosidade do imóvel (para ele) decide se vai assaltar ou não. É uma questão de oportunidade. A melhor recomendação para os proprietários é: não atenda estranhos à sua porta. Se quer informações sobre o imóvel, ligue para o corretor (o telefone vai estar na placa).

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