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  • jruiz
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      [justify]Segundo os principais analistas econômicos do planeta, países em desenvolvimento, em especial o Brasil, serão a bola da vez no chamado “boom imobiliário”. O que estamos vivenciando neste momento, com um grande crescimento nas vendas de imóveis novos no Brasil neste ano de 2007, é apenas a “ponta do iceberg”.

      Isso é ótimo para a economia, para as pessoas, para as construtoras e também para quem vive de intermediar a compra e venda de imóveis: corretores de imóveis e imobiliárias.

      Em tese, se tudo for como esperado, serão anos de ouro para essas empresas e profissionais. Será?

      Cuidado, você pode ser excluído. Procure ver se realmente você foi convidado para esta festa, ou se só vai ficar do lado de fora, cuidando dos carros.

      A comissão de vendas, que, normativamente falando, é de 6%, já caiu para 5%, pulou para 4%, chegou aos 3% e tem gente falando em pagar 1% para corretores de imóveis autônomos. Duvida?? Olha esta página do CRECI/PA (se eles mudarem, eu tenho o cache): “creci-pa.gov.br/infor_honorarios.htm”>creci-pa.gov.br/infor_honorarios.htm[/url]. É para assustar mesmo. (nota: em muitos estados, isso já não assusta mais, pois é prática corriqueira).

      Até agora, São Paulo é o único estado que o CRECI rebaixou a comissão de corretores e imobiliárias que vendem imóveis novos. Veja a tabela: “creci.org.br/servicos/servicos.asp?acao=comissoes”>creci.org.br/servicos/servicos.asp?acao=comissoes[/url]

      Mas não tenha dúvida de que existe uma grande chance de isso se tornar um padrão no país. Tendo o CRECI de São Paulo na vanguarda para contrariar os interesses de corretores e imobiliárias, há a grande possibilidade disso pegar em todo o Brasil.

      Não se animem os clientes de uma maneira geral. As vantagens e desvantagens acima citadas são muito bem direcionadas. Os clientes já estão pagando mais por m2 (e vão continuar pagando mais e mais caro). As facilidades de crédito estimulam o encarecimento dos imóveis. E quando clientes comuns forem vender seus imóveis, pagarão os tradicionais 6% (continua na tabela).

      As questões aqui levantadas dizem respeito às construtoras e a algumas poucas big imobiliárias que têm grande chance de dominar o mercado.

      Ora essa, se você cobra 4% da construtora, paga 1% para o corretor, sobram ótimos 3% para algumas imobiliárias “racharem de ganhar dinheiro”.

      Há tempos se fala que a Internet iria revolucionar o mercado. De fato, hoje existe o fenômeno da mini-multi-nacional, que nada mais é do que uma pequena estrutura, na mão de pessoa física ou jurídica, com uma enorme penetração na WEB (quem conhece sabe que basta inteligência para conseguir isso), extremamente competitiva: são mais baratas, mais rápidas, mais ágeis, mais maleáveis e vieram para ficar: fecha uma e abrem quinhentas. A Internet democratiza os “meios de produção”, em alguns casos, tornando possível o surgimento do “novo capitalista”, que não prescinde de muito capital nem tradição para entrar no mercado e “botar para quebrar”, especialmente na área de serviços.

      Essas manobras no setor imobiliário visam impedir isso. Em risco está o mercado de grandes e tradicionais imobiliárias, que simplesmente seriam atropeladas, a maioria sem nenhuma cultura de web. É uma forma de manter privilégios (que sempre existiram nesse nosso mercado). Também, muitas construtoras já começaram a abrir uma “portinha” do lado e chamar de “imobiliária”.

      Grande negócio. Considerado o volume, é mais dinheiro na mão do dono da construtora.

      Quem vai dar um empreendimento para um pequeno escritório imobiliário?? Esquece, não vai rolar. Os lançamentos vão ficar nas mãos de poucas e grandes imobiliárias ou das próprias construtoras. Se quiser participar da festa, você terá que se contentar com 1% da comissão. Você fará parte do exército de mão de obra barata que trabalha para essas organizações.

      Por isso cada vez mais estão se tornando comuns propostas de parcerias entre construtoras e imobiliárias ou corretores de imóveis, aonde a construtora entra como sendo (também) imobiliária e fica com 50% da comissão, já determinada por ela mesma como sendo de 3%. É a famosa parceria CARACU (não posso explicar aqui o que significa… pesquise).

      Estão te pagando, de fato, cerca de ¼ (ou 25%) da comissão que era tua. 75% estão indo para o bolso do Abreu (se você não conhece…).

      A pergunta que não quer se calar é: aonde estão todos os presidentes de CRECI e SINDIMÓVEIS desse país, eleitos por corretores de imóveis e imobiliárias que não fazem nada contra isso?? (sem comentários para aqueles que claramente já tem uma posição contrária à nossa categoria).

      Existem três grandes pilares para o pleno exercício da profissão de corretor de imóveis no Brasil: a regularidade, a comissão de 6% (mínimo) e a exclusividade. A tese é ótima: você precisa ser corretor devidamente registrado no CRECI (com todas as taxas e anuidades inerentes à condição), cobrar no mínimo 6% de comissão pela intermediação imobiliária e só trabalhar imóveis para os quais detenha autorização de venda com exclusividade. Todos os três estão “derretendo”. As instituições responsáveis pelo zelo a estes princípios ou deixaram de dar importância a estas regras ou simplesmente não conseguem aplicá-las.

      Em grande número de casos, estas instituições estão vendendo cursos ou até mesmo imóveis. Não estou discutindo a importância da formação profissional (é claro que é importante), nem do apoio à formação de redes imobiliárias. Mas não se pode esquecer do verdadeiro papel que cada um tem nesse mercado.

      O sindicato patronal está organizadíssimo. No último salão imobiliário que eu fui (prefiro não citar onde), o Salão em si estava esplêndido. O stand do CRECI/SINDIMÓVEIS (sim, os dois juntos), tinha cerca de 6m2 (menor do que cômodos menos nobres em muitas casas), isso em meio a stands com centenas de m2. Deixou-me triste ver aquilo: parecia um recado claro sobre quem mandava naquele mercado.

      E se eles não fizerem nada? O que corretores de imóveis e imobiliárias podem fazer para defender seus interesses? Vamos discutir essa questão. Leva a bronca lá para o seu CRECI, para o SINDIMÓVEIS do seu estado, para a sua rede imobiliária, sei lá. É fundamental que cada profissional participe deste debate. Ficar quieto, pode ter certeza, vai te custar, no mínimo, caro, muito caro.

      Afinal, se é para ter boom imobiliário, que ele seja para todos.[/justify]

      JRuiz Admin
      Mestre
        Número de postagens: 1737

        A compra da Patrimóvel pela paulista Lopes Consultoria de Imóveis, anunciada ontem, consolida a formação de um duopólio no mercado carioca de intermediação imobiliária. Depois da transação, que movimentou R$ 250 milhões, a Brasil Brokers Participações – que opera no Rio com a marca Basimóvel – e a Lopes passaram a deter 97% do mercado carioca de corretagem e consultoria imobiliária.

        – O mercado agora está concentradíssimo. Mas para nós esta união foi ótima – alega o diretor executivo da concorrente Basimóvel, Alexandre Fonseca. – Conhecemos o mercado e sabemos que muitas construtoras preferiam trabalhar com a Patrimóvel, outras com a Lopes. Como a divisão agora é por dois, temos tudo para ganhar espaço.

        O diretor de novos negócios da Lopes, Tomás Salles, garante que com a compra da concorrente a meta de obter a liderança no Rio já foi alcançada. Segundo ele, o segmento de baixa renda – na faixa de R$ 60 mil a R$ 250 mil – será o maior beneficiado. Com foco neste público, a Lopes inaugurou esta semana, em São Paulo, a primeira loja com a marca Habitcasa, que deve chegar ao Rio no próximo ano.

        – Em 2008, teremos 3.600 corretores de imóveis nas ruas de dez capitais e nossa expectativa de vendas é de R$ 10,9 bilhões. No Rio, nossa força de vendas será de 1.100 corretores e vamos movimentar R$ 2,5 bilhões – afirma. – Temos projetos para todo o Grande Rio, incluindo Resende, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói. A aquisição da Patrimóvel será decisiva para os novos projetos, do segmento econômico ao de alto luxo.

        O movimento de expansão da Lopes começou no início do ano. A empresa comprou 75% da Dirani, maior empresa do setor na região Sul, 60% da Actual Imóveis, líder no mercado capixaba, 60% da pernambucana Sérgio Miranda Imobiliária e 60% da Cappucci & Bauer, líder na região de Campinas. A empresa também começou a atuar na Bahia, Minas Gerais e Pará por meio da Greenfield e, na última terça-feira, adquiriu a Royal, maior imobiliária do Distrito Federal.

        – Mas nossos planos de aquisição não param por aí – adiantou Tomás Salles. – Vamos crescer mais.

        Apesar dos planos da Lopes, dificilmente haverá formação de um monopólio no mercado carioca de intermediação imobiliária. Há um mês, a Brasil Brokers, que congrega 16 empresas em todo o país, abriu capital como estratégia para aumentar sua rentabilidade. Depois da operação, segundo Alexandre Fonseca, a companhia prevê um volume geral de vendas de R$ 33,7 bilhões para o próximo ano.

        – É mais fácil a Brasil Brokers comprar a Lopes que acontecer o contrário – polemiza Fonseca. – Nós temos capitalizados na Bovespa R$ 1,8 bilhões contra R$ 1,2 bilhões da Lopes.

        Rixas à parte, Rubens Vasconcellos, presidente da Patrimóvel, esclarece que sua marca não será extinta . Segundo ele, o carioca vai encontrar no ano que vem outdoors e panfletos de lançamentos espalhados pela cidade com as marcas Patrimóvel, Lopes e até Rubens Vasconcellos Imóveis. A última foi criada especialmente para o mercado de Niterói e da Região dos Lagos, onde a marca Patrimóvel pertence ao franqueado Plínio Serpa Pinto.

        – A empresa é uma só, mas a administração será isolada – explica. – Unimos forças para crescer, mas todas as empresas continuam a existir. Somos a Ambev do setor imobiliário.

        Por Rodrigo Franca

        JRuiz Admin
        Mestre
          Número de postagens: 1737

          Veja bem: o mercado está concentrando, ficando cada vez mais nas mãos de poucas big imobiliárias. A comissão está caindo. De encontro a esse cenário, escolas no Brasil inteiro estão despejando milhares de “corretores” no mercado: em alguns lugares, com algumas poucas horas de curso (8 horas) tira-se a carteira de estagiário e já começa a trabalhar (qual o número do CRECI tirado em sua cidade há um ano? E hoje, qual o número? Faça essa conta e veja quantos corretores, em média, foram adicionados. Adicione os milhares de estagiários que “nunca” tiram o CRECI e se quiser também estime outros tantos que nem carteira de estagiário tiraram). Junte a isso a “forumimobiliario.com.br/cofeci-creci-f277/resolucao-cofeci-1065-2007-voce-conhecia-t585.html”>resolução 1065 do Cofeci e o projeto de lei para tornar o “forumimobiliario.com.br/intermediacao-f278/projeto-permite-que-corretor-se-associe-a-imobiliaria-t635.html”>corretor um associado de imobiliária. Será que as pequenas imobiliárias, escritórios imobiliários e corretores autônomos têm boas perspectivas? Pense…

          JRuiz Admin
          Mestre
            Número de postagens: 1737

            A comissão de vendas, que, normativamente falando, é de 6%, já caiu para 5%, pulou para 4%, chegou aos 3% e tem gente falando em pagar 1% para corretores de imóveis autônomos. Duvida?? Olha esta página do CRECI/PA (se eles mudarem, eu tenho o cache): “creci-pa.gov.br/infor_honorarios.htm”>creci-pa.gov.br/infor_honorarios.htm. É para assustar mesmo. (nota: em muitos estados, isso já não assusta mais, pois é prática corriqueira).

            Se não houver união dos corretores e imobiliárias, a coisa, além de ficar feia, a mprofissão acaba!

            Por outro lado, a única coisa que vai influenciar, para que o mercado pague os honorários corretos, seria a criação de uma Lei para tal e também a ÉTICA dos profissionais e empresas imobiliárias.

            É importante todos nós nos unirmos, pois senão, a profissão vai parar onde nem imaginamos. Não queria ver minha profissão mal falada. E por isso, vejo a necessidade de apoiarmos todos os projetos de Lei, que visam ajudar a classe, e brigar por aqueles que estão em pauta para nos prejudicar. E a chave para isso é a vigilância!

            Abraços,

            Leandro

            JRuiz Admin
            Mestre
              Número de postagens: 1737

              Caro J.Ruiz.

              É realmente triste que a situação esteja indo em direção oposta aos nossos interesses.

              Reduzir comissão dos corretores seria uma injustiça enorme tendo em vista as inúmeras despesas que temos no dia-a-dia, com anúncios, placas, aluguel de escritório, secretária, anuidades ao CRECI, SINDIMÓVEIS, ISS, veículos, combustíveis, impressos e uma série de despesas ocultas que todos sabemos o quanto tudo é dispendioso.

              Farei que seu artigo seja lidro pela entidades de classe em MG e outros estados, buscando a compreensão e a defesa de nossos direitos.

              Felizmente o SINDIMÓVEIS MG e o CRECI local têm procurado dinamizar sua atuação, valorizando orgulhamente a nossa categoria profissional.

              Esperamos ver defendidos mais essa luta na preservação da tabela de comissões.

              Oxalá consigam reverter essa abusiva redução que as construtoras teimam em baixar.

              Grande abraço,

              Artur S Maciel

              CRECI 8920

              “amacielimoveis.com”>amacielimoveis.com

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