PITUBA – QUANDO O DESENVOLVIMENTO AMEAÇA A IDENTIDADE?

[Elza Yamamoto Ruiz]

#13438

Olá, urbanistas e amantes de Salvador! 🏙️ Recentemente, mergulhei nos dados da Pituba e me deparei com um paradoxo: como um bairro com IDH de 0.968 e ruas 100% iluminadas convive com a liderança em roubos de celulares e a erosão do comércio tradicional?

O Núcleo da Questão: A “praia secreta” da Pituba é um símbolo perfeito dessa tensão. Enquanto shoppings como Iguatemi prosperam, este refúgio natural luta por visibilidade. E o pior: projetos imobiliários de luxo avançam sobre áreas verdes, como ocorreu no Horto Florestal em 2024.

Dados que Acendem o Debate:

• Em 2024, a Pituba concentrou 35.3% das vendas imobiliárias de Salvador, mas apenas 5% dos moradores conhecem a origem tupi do nome;
• O aluguel médio de R$ 3 mil exclui famílias de baixa renda, alterando o perfil demográfico;
• A Vila dos Namorados, complexo gastronômico na orla, substituiu quiosques tradicionais de acarajé.

Perguntas Incômodas:

1. Moradores Antigos: As reformas urbanas estão apagando a memória dos pescadores que fundaram a Pituba nos anos 30?
2. Especialistas: Como replicar o sucesso da Praça Nossa Senhora da Luz — que harmoniza design e comunidade — em outros espaços?
3. Jovens: Vale a pena pagar R$ 1,5 milhão por um apartamento com vista para o mar, se a rua perdeu a quitanda da Dona Maria?

Proposta concreta: Criar uma “Rota Histórica da Pituba” com placas explicativas sobre o Rio Camarajipe invisível e a Fazenda Pituba. Afinal, como diz Lucinei Caroso: “Praças são exercícios de cidadania”.

Vamos co-criar soluções? Compartilhe suas experiências! 👇

• Este tópico foi modificado 4 meses, 2 semanas atrás por Elza Yamamoto Ruiz.

[Autor]

Posts