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A força da mídia digital segundo criador das flash mobs

Mídia DigitalFlash mobs viraram coisa séria, agora são para valer”, constata o jornalista norte-americano Bill Wasik, o criador das manifestações-relâmpago convocadas por e-mail e mensagens de texto por celular, realizadas no início da década passada.

“As pessoas descobriram o poder das ferramentas digitais”, avalia ele, comentando o uso das redes sociais na organização de protestos – das grandes manifestações da Primavera Árabe às concentrações dos “indignados” na Espanha e às ações de adolescentes nos EUA.

Em entrevista à Folha por e-mail, Wasik, hoje editor da revista Wired, lembra como lhe veio a inspiração, em 2003, para montar uma manifestação de curtíssima duração, parecendo surgir do nada e esfumaçando-se tal como havia começado.

“Estava tomando banho quando surgiu a ideia. Simplesmente queria ver o que poderia acontecer, então tentei levar o projeto adiante.”

Foi por e-mail que Wasik convocou a primeira flash mob. Tomou providências para ocultar sua identidade e, no dia 27 de maio, mandou mensagens por celular a pouco mais de 60 amigos e conhecidos.

O texto começava assim: “Você está convidado para participar da Mob, um projeto que cria uma inexplicável multidão de pessoas por dez minutos ou menos”. E pedia para que o sujeito retransmitisse a convocação.

Não deu em nada. A polícia ficou sabendo e bloqueou a entrada da loja de Nova York onde seria realizada a manifestação. O jornalista insistiu no projeto: “Como a primeira tentativa foi frustrada pela polícia, decidi tentar novamente. Acabei realizando sete flash mobs no total, de junho a setembro de 2003”.

Wasik diz que era “semianônimo”: assinava as convocações só como Bill. Ele assumiu a criação dos eventos em 2006, em artigo na Harpers. “A experiência de ver a ideia se tornar viral é uma das razões que me fizeram escrever sobre a internet e que me trouxeram para a Wired.”

TAPETE DO AMOR

As manifestações eram bem-humoradas e rápidas. Na primeira que deu certo, cerca de 200 pessoas entraram na seção de tapetes da loja Macy’s, pararam em um ponto e disseram aos funcionários que procuravam por um “tapete do amor”.

Na de maior sucesso, na loja de brinquedos Toys”R”Us, cerca de 400 pessoas se concentraram diante de um gigantesco dinossauro de brinquedo, “interagindo” com a fera com urros e gemidos.

“Àquela altura, as pessoas já tinham compreendido a ideia, e as flash mobs se disseminaram pelo mundo”, diz Wasik. Com o tempo, o caráter das manifestações mudou, havendo desde campanhas publicitárias até grandes movimentos sociais.

“As pessoas descobriram o poder das ferramentas digitais –quão rapidamente podem convocar grupos e quão facilmente podem ficar conectadas em redes via aparelhos móveis”, diz Wasik.

E conclui: “As ‘flash mobs’ foram um experimento meio bobo, mas serviram para demonstrar o poder dessa mídia digital. Hoje, em alguns desses movimentos sociais, eles usam as mesmas ferramentas digitais, mas agora em coisas sérias, para valer”.

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Fonte: Folha de São Paulo

Empresas procuram talentos nas redes sociais

Captação de talentosCada vez mais as empresas buscam talentos nas redes sociais brasileiras. Até pouco tempo atrás, o que era sabido do entrevistado estava escrito apenas no currículo. Hoje, há diferentes formas de procurar saber se aquele candidato é o mais adequado à vaga. Empresários e headhunters contam com as mídias sociais na hora de analisar o pretendente ao cargo. É o que garante José Augusto Figueiredo, Chief Operations Officer da DBM na América Latina. “As empresas procuram identificar talentos e a forma como as pessoas se expressam no mundo. Pessoas têm crenças e fazem afirmações sobre o que acreditam e essas não são verdades absolutas. Muitas vezes, uma determinada afirmação vai contra o que um potencial contratante busca”, acredita ele.

Saber que as empresas estão de olho no seu perfil nas mídias sociais não deve fazer com que você se distancie delas, pelo contrário. Quem pleiteia uma vaga de emprego hoje em dia deve usar esse meio a seu favor. “Eu me pergunto por que alguém que está à procura de emprego investe tempo preparando um currículo e deixa o perfil nas redes sociais desatualizado e com informações pobres sobre a sua vida profissional?”, salienta o diretor da Esperienza, Agência Web, Cassiano Antequeira. Nota-se um certo desleixo com o marketing pessoal nas redes sociais por parte de vários candidatos.

É importante ressaltar que as redes sociais podem ser usadas contra ou a favor do candidato, mas sempre em conjunto com o currículo e a entrevista pessoal. “As ferramentas de recrutamento e seleção não podem ser utilizadas de forma isolada e a mídia social não foge à regra”, ressalta a gerente de desenvolvimento humano da Accesstage, Maria José Lopes.

Redes sociais para todos os interesses

Há diferentes tipos de redes sociais, cada uma com as suas particularidades e o seu público dominante. Enquanto o popular Orkut e o Facebook são, muitas vezes, mais usados para manter contato com amigos e compartilhar fotos, o Twitter veio como meio-termo, já que há pessoas que fazem uso pessoal do microblog, compartilham emoções e acontecimentos rotineiros, bem como pessoas que usam para disponibilizar conteúdo do seu interesse, escrevem sobre a profissão e o dia a dia na carreira, até dicas e vagas na área.

O LinkedIn é uma rede social voltada para o uso profissional, nele, as pessoas dispõem os interesses profissionais, áreas de atuação, assim como os nomes das empresas pelos quais já passaram e o cargo ocupado. É possível, ainda, manter contato com pessoas da mesma área por meio dos fóruns de discussão e fazer network.

Um desses casos foi o de Simone Momesso, é um exemplo de quem usa a rede com intuito profissional. Por meio de sua conta no LinkedIn, ela encontrou trabalho. “Participo de um grupo de discussão no LinkedIn, no qual, o moderador sempre incentiva a interação entre os membros com encontros presenciais. Em um desses encontros, conheci o dono de empresa especializada em RH que comentou sobre vagas em aberto na minha área. Ali mesmo, já conversamos e serviu de pré-seleção, depois fui encaminhada à organização que estou trabalhando atualmente”, comenta.

“O Twitter é um canal eficiente para a divulgação de posições de especialistas e médias lideranças, uma vez que essas vagas são as mais procuradas por candidatos jovens. Já o LinkedIn é uma ferramenta de hunting, pois, por meio dela, conseguimos identificar e abordar profissionais altamente qualificados que, muitas vezes, não têm os seus currículos disponíveis no mercado”, afirma Luiz Alencar, consultor e diretor-comercial da STAUTRH.

Identidade virtual como apresentação corporativa

Ter um perfil em alguma rede social implica assumir uma identidade digital e é parte obrigatória de qualquer plano de marketing pessoal na Internet. Existem pessoas que buscam “intelectualizar” o seu perfil nas redes sociais citando grandes autores ou aderindo a comunidades de filósofos, por exemplo, ao passo que outros disponibilizam informações falsas por não levarem a sério a rede social, como quem diz que é astronauta, nas ocupações, ou que preenche as informações de estudos com o título da Universidade de Harvard sem tê-lo, por exemplo. “É preciso procurar estabelecer um perfil profissional verdadeiro, aquilo que de fato a pessoa é”, garante José Augusto Figueiredo, da DBM.

Uma identidade digital é construída com opinião, a forma como ela é dada é que precisa de atenção. “O que é compartilhado na rede não tem mais volta. É o mesmo cuidado que temos que ter ao falar de alguém ou expressar uma opinião na empresa ou na vida pessoal. Temos de nos atentar ao risco de que, ao escrever algo na rede social, estamos dando uma prova escrita daquilo que pensamos ou de como agimos”, defende Antequeira, da Esperienza.

“Participar de comunidades como Odeio acordar cedo ou Odeio meu chefe, fazer postagens com críticas a expatrões, ex-colegas e outras empresas em que tenha trabalhado são algumas características que podem eliminar um candidato de um processo seletivo”, enfatiza o coach do IBC, José Roberto Marques.

Já que as empresas buscam talentos nas redes sociais, é hora de caprichar no conteúdo do seu perfil e se colocar em evidência nas mídias sociais.

Fonte: Gestão & Negócios

Empresas procuram experts em redes sociais e mídia online

Experts em mídias sociaisCriar ações para vender um apartamento no Twitter, convidar o piloto Rubens Barrichello para inaugurar um blog institucional ou antecipar vídeos de campanhas publicitárias no YouTube. Essas são algumas das tarefas dos profissionais da nova mídia que começam a povoar as corporações. Empresas como Tecnisa, LG Electronics, O Boticário e Totvs já recrutaram executivos para adequar estratégias de marketing tradicionais às redes sociais e ferramentas on-line.

Segundo a Resch Recursos Humanos, a demanda pela função começou a crescer há cerca de dois anos. A maior parte dos executivos contratados tem formação em comunicação e marketing, além de experiência anterior em sites e agências de produção on-line. Alguns estão sendo recrutados até em salas de aula, durante os cursos de MBA em marketing.

Dentro das empresas, o profissional da nova mídia comanda equipes enxutas e, no geral, responde à gerência de marketing. Ele precisa ter disposição para passar até 12 horas seguidas diante do computador e ser curioso para garimpar novidades na web. Além disso, deve ser bem articulado para convencer a empresa sobre a importância das campanhas digitais. Entre suas atribuições está também fazer a intermediação entre a companhia e as agências terceirizadas que desenvolvem projetos on-line sob encomenda. “Os profissionais de nova mídia estão sendo contratados principalmente pelos setores de serviços e de bens de consumo”, afirma Margot Nick, gerente de projetos da consultoria Kienbaum, especializada na seleção e recrutamento de executivos. Continue lendo Empresas procuram experts em redes sociais e mídia online

O que as empresas buscam nas Redes Sociais?

Redes SociaisEstudos realizados pela empresa Deloitte com mais de 400 companhias apontam que elas estão buscando participar das comunidades virtuais, principalmente para realizar propaganda espontânea e fidelizar os seus clientes.

Quando o assunto se trata de obstáculos, as empresas acham que fazer com que as pessoas participem e atrair membros para as suas comunidades, estão entre as maiores barreiras encontradas atualmente para conseguir sucesso na mídias sociais

Principais objetivos corporativos do uso de redes sociais.

01. Gerar propaganda boca-a-boca – 38%
02. Aumentar a lealdade dos consumidores – 34%
03. Aumentar a presença do produto/marca – 30%
04. Trazer ideias externas para a empresa – 29%
05. Melhorar a qualidade do atendimento ao cliente – 23%
06. Aumentar as vendas – 22%
07. Melhorar a eficácia das relações públicas – 20%
08. Melhorar a relação com parceiros – 19%
09. Inovar os modelos de negócio – 17%
10. Reduzir gastos com suporte ao cliente – 16%
11. Reduzir gastos com aquisição de clientes – 15%

Os maiores obstáculos para o sucesso nas redes sociais.

01. Conseguir pessoas que participem – 30%
02. Atrair membros para a comunidade – 24%
03. Fazer com que as pessoas voltem – 21%
04. Encontrar tempo para gerenciar a comunidade – 19%
05. Encontrar pessoas para popularizar seu perfil – 14%
06. Conseguir verba para mais funções – 13%
07. Falta de experiência no gerenciamento de comunidades – 12%
08. Conseguir verba para facilitadores – 10%

Fonte: Information Week